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VIVA RAIMUNDO JINKINGS!

Amarilis Tupiassu*


Há exatos 97 anos nascia no município de Santa Helena, no Maranhão, Raimundo Jinkings. Editor, livreiro, jornalista, sindicalista e dirigente comunista brasileiro.

A partir de 1945, aos 18 anos, Jinkings passou a viver em Belém, no Pará, onde se alistou na Força Aérea Brasileira (FAB), trabalhou como escriturário no Banco da Amazônia, tornou-se secretário-geral do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e teve atuação destacada na luta dos bancários. Em 1955, ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCB) e se tornou presidente do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e secretário sindical do PCB.

Durante a ditadura militar, foi encarcerado em diferentes ocasiões, respondeu a diversos Inquéritos Policiais Militares e teve seus direitos políticos cassados. Em 1965, ao lado da companheira Isa, inaugurou a icônica Livraria Jinkings, que logo se transformou em um dos mais importantes centros de cultura e debates de Belém, além de possivelmente a principal livraria da região Norte do país.

Jinkings também criou, com os camaradas Carlos Sampaio e Amado Tupiassu, a primeira Editora Boitempo, que lançou livros de dirigentes e intelectuais marxistas como Mao Tsé-tung e Ho Chi Minh. Faleceu em 1995, aos 68 anos de idade. @ivanajinkings (a caçula de cinco filhos), naquele mesmo ano, fundaria a nova Boitempo, que se tornaria uma das mais importantes editoras de Ciências Humanas do país.

“O Jinkings livreiro foi a consequência de mais um golpe baixo da ditadura militar brasileira. Foi o bendito passo de um leitor exigente, um minucioso pescador de pérolas literárias, que do usufruto próprio e do empréstimo de livros passou a se dedicar à difusão e à venda.”


*Amarílis Tupiassú no blog da Boitempo




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