Marcelo Seráfico
O exercício do poder de Estado é algo que se aprende; como tudo na vida que se queira dominar, implica disciplina. Essa é uma regra da burocracia estatal e nela reside, das duas uma, a fortaleza ou a fragilidade do segundo mandato de Trump.
Fortaleza, se ele for capaz de desfazer a própria burocracia do Estado moderno a partir dela.
O primeiro mandato de Trump e os quatros "anos sabáticos" concedidos por Biden, foram tempo de aprendizado.
Agora, do ponto de vista jurídico-político as condições para a instauração de um Estado absolutamente identificado com uma classe de indivíduos indecentemente poderosos, estão 100% dadas.
Eles controlam os três poderes e tem a seu lado quem controla os meios de produção que estruturam a economia e boa parte da cultura hj.
Fragilidade, se a resistência que vier das ruas, das franjas da sociedade e alguma do parlamento for capaz de reverter o curso dos fatos.
Mas uma coisa é certa, dados os mores que guiam os interesses desses sujeitos, estamos à beira de reviver o absolutismo.
Não à toa, Yanis Varoufakis chama nosso tempo de tecno-feudalismo. É uma hipérbole, mas ajuda a pensar.
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