A eleição para a Presidência do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, e a abertura do ano judiciário, pelo Presidente do STF geraram as costumeiras considerações. Não têm sido poucos os analistas de ocasião, entregues à tarefa ingrata de pôr chifres em cabeça de cavalo. Os menos insensatos não tiraram o caráter meramente protocolar do ato presidido pelo Ministro Luiz Alberto Barroso, nem encontraram algo diferente na eleição dos presidentes das casas do Congresso. Lá, também, cumpriu-se a rotina de todo ano. O Chefe do Poder Judiciário tentou mostrar, acima de tudo, resultados que, uns mais, outros menos, podem reduzir as críticas feitas àquele poder, Mais que uma prerrogativa, um dever de qualquer outro magistrado no exercício.daquelas funções. É verdade que Barroso passou ao largo da queixa mais frequente contra a corporação que ele dirige, a remuneração dos membros do Supremo. Seria inimaginável, porém, que o Presidente do Poder Judiciário escolhesse aquele lugar e aquele momento, para tratar do assunto. Na Câmara e no Senado, os números revelaram certa prevalência das práticas que caracterizam o chamado centrão. É difícil admitir que muita coisa mudará, nas relações entre o Legislativo e o Executivo. Este, feito refém do primeiro, só por descuido ou cálculo do outro poder, terá facilitada a troca de posição. Não se ouviu, em qualquer dos discursos ou comentários, algo que remeta às bases em que se devem alicerçar a autonomia e a harmonia entre os poderes. Basta a.leitura atenta do artigo 3° da Constituição.
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