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Infelizmente

Foto do escritor: Professor SeráficoProfessor Seráfico

O Mundo ficou maluco, a população humana ficou mais burra ou estou com as faculdades mentais comprometidas. Houve época em que produzir para alimentar a população do país produtor era meta perseguida. Dizer da autossuficiência do país era o que os governantes mais perseguiam. Em meados do século passado, o Clube de Roma divulgava a possibilidade de alimentar toda a população mundial, com o que era produzido no Planeta. Embora a globalização e o avanço tecnológico facilitassem o tráfego de toda espécie de produto no espaço planetário, o anúncio do Clube de Roma jamais se realizou. Populações inteiras foram submetidas à fome, enquanto porção ínfima de terráqueos joga fora boa parte de alimentos produzidos. Esqueçamos, para não alimentar nossa vergonha, de que somos o maior exportador de alimentos da Terra. Como se os 8 milhões e meio de km2 não (des)abrigassem habitantes famintos... A oscilação do PIB sempre constou da suposta preocupação dos governantes, onde quer que eles chegassem ao poder. Tê-lo maior, cada vez mais, era anunciado como objetivo legítimo e justo. Quanto mais rica fosse a nação, e maior o produto, maior a quantidade de habitantes bem-alimentados. Depois, a lógica do sistema econômico "descobriu" a necessidade de crescer sem prazo ou qualquer outro limite, para depois (de quando?) ser promovida a distribuição da riqueza. A China, que chegou a crescer em percentuais de dois dígitos, em certo período, começou a romper a muralha que impedia o Ocidente de ver o que lá se passava. Melhor para os chineses. Tanto, que hoje ameaçam romper o poder imperial dos Estados Unidos da América do Norte, às vésperas de tornar-se irrelevante. Com divida maior medida em trilhões, que todos os demais países, a Casa Branca insiste em desafiar o Mundo e mantém o costume e a pretensão de comportar-se como o dono de tudo. Ainda que esteja próximo de manter apenas, incontrolável, a arrogância e a belicosidade habituais. No Brasil, o registro de crescimento do PIB, ao invés de ser festejado, remete a advertências difíceis de explicar e entender. O aumento do consumo popular, a oferta de mais oportunidades de trabalho, a presença do País no cenário internacional, nada disso é levado em conta por agentes políticos e econômicos e grande parte dos media. Aumentam-se as taxas de juros, deplora-se a baixa taxa de desemprego, critica-se o crescimento do PIB. Pensar que isso foge aos planos, sonhos, propósitos e intenções das elites deveria ser um despropósito. Infelizmente, não é!

 
 
 

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