Os golpistas de 1964 e seus sucessores nunca deixaram de festejar o crime cometido contra o País e a democracia, enquanto durou a ditadura. Fizeram-no, sem a menor cerimônia, mesmo quando promoviam a tortura e o assassinato de opositores, em estabelecimentos e com dinheiro públicos. A exaustão do autoritarismo e o crescente desprezo da população pelo atentado de 1964 não impediram, porém, o ressurgimento, com maior apetite criminoso e mais bem preparados, dos filhotes, órgãos e viúvas da ditadura. Muitos deles, ainda beneficiários de pensões e prebendas que a res pública repudia. Ainda que à custa da extravagante morta fictícia. Que se tolerem, agora, as hostilidades contra as comemorações da frustração dos atos terroristas culminados em 08 de janeiro de 2023 é apenas concessão ao jus esperneandi. Alterar ou não tornar mais numerosos e marcantes os registros da vitória sobre o autoritarismo e seus agentes é coisa que parece não passar, e jamais seduzirá a cabeça dos democratas. Abriguem-se em que sigla partidária for, é isso que os identificará, se não são apenas vis e hipócritas.
Festejar cada vez mais
Atualizado: há 12 horas
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