Mais se sabe sobre os antecedentes do conflito entre Israel e o Hamas, menos se admite o que vem sendo feito contra todo o povo palestino. Se o ideal da Paz alimenta a análise de alguns poucos observadores e analistas, há outros que, por pretensão ou inegável incompetência, tentam apenas puxar brasa para suas próprias sardinhas. Ao final, revelam ignorância até a respeito da pior consequência que a guerra no Oriente Médio poderá acarretar para a humanidade: a destruição nuclear. Sem qualquer alarmismo, já se encontram análises indicativas de que a crise de agora é muito mais grave que a gerada pelos Estados Unidos da América do Norte e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, de que Cuba era o epicentro. A tímida resposta - a suspensão do auxiliar - de Benjamin Netanyahu a um de seus assessores, proclamador da detonação atômica contra os palestinos, diz muito mais do que pode parecer. Tão leve punição não desfaz a impressão de que ainda frequenta o pensamento e consta das providências a serem tomadas pelo Primeiro-Ministro de Israel a ação que a inconfidência de Imitai Eliyahu pôs a descoberto. É preciso, portanto, dar mais atenção a avaliações menos comprometidas com qualquer dos lados, se se quer de fato contribuir para a Paz. Recente texto (Conflito judeu-palestino à luz da Geopolítica), embora traga o equívoco de levar algum intérprete desavisado a imaginar tendenciosa a opinião de seus autores - Lier Pires Ferreira e Renata Medeiros de Araújo -, deve ser lido pelos que não se desejam envenenar pelo que os grande media têm divulgado. No texto do professor e da mestra em Ciência Política, encontra-se bom material informativo e crítico capaz de desenhar o cenário e o histórico das relações entre os povos daquele pedaço de Mundo. Embora pareça exagerado descrever o conflito como interessante a todo o povo judeu, a leitura do texto em sua integralidade esvazia essa hipótese. Os autores sabem quanto os habitantes judeus (também os palestinos) de Israel rejeitam o governo de extrema direita daquele país. No exterior, as sucessivas manifestações pró-Paz não têm poupado o governo israelense de críticas e reprovação, nem tem sido pouca ou escondida a participação de judeus nesse movimento que cresce à medida em que se intensifica o ataque contra Gaza. Por isso, se há algo a aprender e disposição para fazê-lo, que os espíritos desarmados leiam e aprendam com o que dizem Lier Pires Ferreira e Renata Medeiros de Araújo. Os espíritos desalmados que fiquem na deles...
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