Tem-se dito ser mais fácil amar, quão maior for o conhecimento do objeto do amor. Mesmo se vivemos dias em que predominam a ignorância e o desamor, não perde sentido a relação entre conhecer e amar. No momento em que a Amazônia tem dos próprios (des) governantes hostilidade que a ameaça, igualmente ameaçando o equilíbrio do Planeta, é preciso atentar para fatos que apenas multiplicam as dificuldades enfrentadas. Os que veem a região como reserva apta a atender apetites vorazes, então, são os grandes beneficiários dessa hostilidade. Se, genericamente, tudo quanto traz conhecimento combate a ignorância, no caso específico da Amazônia, impedir que se a conheça em toda suas dimensão e nuances contribuí para mantê-la como depósito das esperanças dos que vivem de explorá-la. O recente assalto ao parque mantido pelo Museu da Amazônia- MUSA, o segundo local de maior visitação pública de Manaus, diz muito. Mesmo em se tratando de espaço público e desempenhando função estratégica para a sociedade, o Museu não tem contado com a atenção devida. Talvez o caráter público e a dedicação à produção e disseminação do conhecimento sejam, por si mesmas, as razões da quase indiferença dos (des)governantes, locais ou não. O que justificaria sadio orgulho e justificado apoio acaba por condenar tão bela iniciativa, dados o descompasso evidente em relação à orientação do poder público e o viés privatizante, incomodados sempre que o interesse coletivo é contemplado. O MUSA, por sua criação e por seu funcionamento, já deu provas de sua indispensabilidade. Pelo menos, para os que não têm a Amazônia como um inferno, seja da cor com que se a deseje pintar.
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