· Professora Vânia Pimentel, mui digna chefe do Departamento de Língua e Literatura Portuguesa da Universidade do Amazonas;
· Prezados Palestrantes;
· Prezado coordenador;
· Prezados participantes:
Poucos brasileiros terão sido tão precisos em sua observação sobre a realidade natural e social do País, quanto Euclides da Cunha. Sua obra mais reverenciada e traduzida, “Os Sertões”, constitui mais que o exercício de indesmentível pendor literário. O romance também não é simples relato da mais desigual das contendas fratricidas ocorridas em território brasileiro. Lá está, sobretudo, a capacidade de observar de um ser humano, dotado de excelente acuidade, física e intelectual, para ver onde outros não viam, ouvir sons que a outros passavam despercebidos, julgar onde muitos costumam preferir manter-se ignorantes. Não bastassem a Euclides essas virtudes, vem a enorme contribuição oferecida ao conhecimento do País e de sua gente. Melhor que eu, mostrarão isso e deleitarão vocês, nestas duas tardes, os palestrantes e coordenadores convidados. Fomos buscá-los onde está o mais representativo e expressivo conhecimento a respeito da obra que agora festeja seu primeiro centenário de edição. Com efeito, a presença de Tenório Telles, Renan Freitas Pinto, Maria do Socorro Oliveira, Orange Feitosa, Robério Braga e José Ribamar Mitoso assegura antecipadamente o êxito deste seminário. Quisera poder fugir às responsabilidades profissionais que me levam para fora do Estado ! Poderia, assim, participar fisicamente com vocês do deleite que as palestras e comentários certamente proporcionarão. Mas, não sendo possível, resta-me agradecer à presteza com que a professrora Vânia Pimentel e o professor Tenório Telles logo emprestaram apoio à iniciativa. Agradeço, também, a compreensão que se traduz na colaboração prezarosa que os palestrantes e coordenadores ofereceram, desde a primeira vez em que foram consultados. Ao Banco do Brasil e ao Carrefour, parceiros decisivos neste cometimento, não há como deixar de manifestar nosso agradecimento, pleno da expectativa de tê-los, permanentemente, como aliados em atividades como a destas duas tardes. Finalmente, expresso minha certeza de que o centenário de edição de “Os Sertões” não cairá no esquecimento, menos por esta singela reunião, mas sobretudo porque, nos anos sucessivos, mais amploes e enriquecedores serão os atos destinados a marcar na memória de toda a sociedade amazonense a contribuição que Euclides da Cunha deu à percepção dos mais diversos aspectos de nossa realidade – paradoxal, instigante, mas sempre exigente do nosso compromisso e da nossa decisão de fazê-la diferente.
Abraço-os fraternalmente, cumprimentando-os pela participação e mais uma vez agradecendo a colaboração emprestada. Sem ela, nada seria possível fazer.
Obrigado.
Manaus, 07 de dezembro de 2002.
Prof. José da Silva Seráfico de Assis Carvalho
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* Mensagem do Diretor-Executivo da Fundação Djalma Batista
na abertura do Seminário comemorativo do centenário de edição de “Os Sertões”
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