Com o talento pedagógico que lhe é característico, o professor e sociólogo Marcelo Seráfico deu uma aula, em sua coluna na Rádio Difusora/BandNews, 13 deste mês. Comentando o assassinato de Waldyr de Jesus e Gleison de Carvalho, o colunista estabeleceu com clareza meridiana qual o cenário e qual a cena do episódio, mera reiteração de nossa trajetória histórica. A eliminação física de dois acampados do Movimento dos Sem Terra é apenas mais uma das muitas cenas que marcam as últimas décadas de nossa história. Marcelo descreveu o contexto em que se insere o duplo assassinato de Tremembé, cidade próxima da mais rica urbe brasileira. Embora cenas semelhantes possam ser destacadas, a motivação vem do agravamento da luta pela apropriação das terras brasileiras. O sociólogo lembrou outros crimes praticados contra os que se opõem à apropriação de terras - públicas, inclusive -, por grupos cujos interesses, uma vez vitoriosos, não têm feito se não agravar a profunda desigualdade com a qual convivemos. Exemplos não faltam, nem os mortos foram esquecidos. No campo e na cidade o fenômeno acontece, porque as relações entre interesses coletivos e privados favorecem o caldo de cultura em que tal drama se desenrola. Só para lembrar de alguns sacrificados, o professor da UFAM e colunista da Difusora/BandNews mencionou Chico Mendes, Dom e Bruno, a religiosa Margaret Stang, Marielle Franco e Anderson Gomes. Ir mais longe nem seria preciso.
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