Levantamentos oficiais indicam crescimento de 49% no número de Municípios brasileiros cujos agentes de segurança poderão usar armas de fogo. Pelo menos, quase todas as capitais já adotam o armamento como suposta forma de combate à violencia. Nada mais falso. Originalmente criadas para impedir a destruição do patrimônio público material das cidades, as genericamente chamadas Guardas Municipais até recentemente eram proibidas de portar e usar, em serviço, armas de fogo. Investidas dessa nova e espúria forma de poder, as GMs concorrerão com, ao invés de suplementar, as ações das Polícias Militares. Estudos sérios e manifestações de especialistas em segurança pública revelam clara a relação entre desigualdade e violência. Os registros policiais e judiciais levam os estudiosos da matéria a condenar o uso indiscriminado de armas sob o pretexto de reduzir os níveis de violência. Mais armas nas mãos das pessoas, mais pessoas portando e usando armas, não se pode esperar mais que o crescimento da violência. Às cidades brasileiras não merecem isso.
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