Somos muitos, milhares, brigões por consciência e capricho, originários das favelas, dos morros, dos bairros operários, das universidades, das Comunidades Eclesiais de Bases, dos sindicatos, de todos os lugares onde brota um pouquinho de esperança e amor pela vida.
Somos de carne e osso, mas é no nosso sangue que o oxigênio da liberdade alimenta nosso espírito de luta.
Respiramos desejos, sonhos, utopias, vontade de construir um mundo feliz.
Nunca pensamos só na gente e nos nossos; pensamos em todos, como se todos fossem nossos; e são.
Não somos uma militância ideal; somos da luta real, do amor real, de gente real.
Não somos militantes resignados a nada. Queremos é mudança, transformação. Somos inquietos e chatos, mas é uma inquietude e uma chatice inconformada com a injustiça e com o desamor.
Somos de uma militância que confronta, que enfrenta, que não se cala diante dos abusos daquele que dissemina o mal e faz da maldade uma revelação da sua miséria existencial. Somos uma militância do punho cerrado e da bandeira vermelha.
45 anos tem nosso partido, o Partido dos Trabalhadores, o PT, mas nascemos da luta dos trabalhadores de todo o mundo. Da luta contra a injustiça herdamos nossos sonhos; do olhar terno, nossas utopias revolucionárias, pois a revolução socialista é um ato de amor; da resistência contra o fascismo abraçamos nossos irmãos da década de 40; da vida, respiramos o ar da floresta que do verde nos pinta de esperança.
É assim que nossa existência se constrói.
Se incomodamos, missão cumprida.
Continuaremos incomodando.
Que a direita e os fascistas covardes cavem suas sepulturas na lama da injustiça que construíram.
Lúcio Carril
Sociólogo
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