Mais de R$ 450 milhões é quanto os brasileiros entregarão aos irmãos Batista, para promover enriquecimento ainda maior da dupla de homens de negócios. Esse o preço a ser pago, sem o que os felizardos empresários não assumirão a Amazonas Energia. Ela mesma e os resultados por ela produzidos, exemplo típico da ação e do papel de quase todas as instituições públicas que mataram a fome de privatização corrente. A Amazonas Energia, como muitas das outras empresas antes vinculadas ao Estado e expeditas na troca de seus nomes, enfrenta situação de quase insolvência, mas nenhum dos ex-proprietários passou a morar debaixo da ponte. Fenômeno ocorrido em grande parte das privatizadas, aqui e alhures, o que se tem visto é a prática que as agências reguladoras, em tese, deveriam enfrentar e prevenir. Não é o que se observa. Entregam-se pedaços consideráveis do patrimônio público a investidores vorazes, na suposta e suspeita esperança de que a ação das tais agências prospere em favor dos consumidores e usuários, de resto e em última análise, donos da dinheirama que deixa os cofres públicos e engorda a conta dos novos proprietários. Nem seria ir longe demais, ou perder apreciável parcela de tempo, para constatar quanto os órgãos de defesa do consumidor estão atarefados e sobrecarregados, em função das queixas que lhes são levadas. O que se sabe, a respeito desse processo que só cidadão honesto e pagador de impostos é chamado a financiar, é da leniência (que quando é muita se chama cumplicidade) com que os órgãos supostamente reguladores premiam os maus dirigentes. Nenhum pretexto, como atribuir aos "gatos" dos poderosos e dos pequenos consumidores as causas do fracasso, consegue eliminar a fuga ao que deveria ser obrigação primeira dos que ficam com o patrimônio público. Assim, o risco do negócio passa a ser do consumidor ou usuário, não do que enriquece e, satisfeito com a fortuna acumulada, passa adiante uma herança passiva em números exorbitantes. Aí, é chegada a hora de mais uma vez recorrer ao Estado, pois é lá que está a fonte da riqueza de qualquer espertalhão. Além dos outros, quanta vez postados em cargos de destaque que os levam a ser chamados de excelência.
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